Bela, esbelta, esguia,
Sentada espera pela estrela guia.
Estoura o tempo.
Dizem dela, histeria.
Calcula os passos,
Pés pequenos sem espaço no tecido imenso,
Imersa no que dizem seu sexo, seu gênero.
Ditam, drogam, determinam o seu desejo
E a distância entre a árvore e os seus dedos.
Doida, deseja mesmo
Vendaval e vida,
Ver a árvore dançar, dobrar-se aos seus pés,
Poder pular galho e cerca,
Ver no espelho a árvore
Destruída
Poema escrito para a foto #2 do sarau do 38° Fotroca.
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