quinta-feira, 10 de março de 2016

coleção cinco de março

não seguro
o que dura
de tão leve - 
pena.


finalmente, eu
entre os seus dentes
e agora essa saudade
que lambe.


Quantas linhas se embaraçam e se entrelaçam nessa boca que escapa do meu desenho? Com quantos riscos se faz um beijo?


seus dentes trincam na minha
SOLIDÃO


corpo não tem coragem
de pisar neste lugar nem
de se colocar de acordo com a 
cor e o sabor que pode proporcionar.


Não sei por que escrevo tudo isso, 
porque não tenho lugar.


venta no meu corpo inteiro 
o teu silêncio.


parte o meu tempo essa sua partida
sem sentido.


meu coração sem pé nem cabeça quer
seu corpo outra vez.


o amor está nas mordidas e nas partidas.


Respirar entre os beijos inventa solidão.
Inventar beijos é respirar solidão.
Beijar solidão requer inventar muita respiração.
Respirar só beijos é morrer de solidão.

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