a better version of me
terça-feira, 22 de janeiro de 2019
Bordado e literatura: oficina temática de bordado em papel - A casa tomada (J. Cortázar)
terça-feira, 16 de outubro de 2018
nova edição do curso Mulher e literatura: Woolf, Beauvoir e tantas outras
Quartas-feiras, 31/10, 07, 14 e 21/11 das 19h às 22h no Eugênia Café Bar - Rua Cônego Eugênio Leite, 953 - Pinheiros - São Paulo - SP
taxa única de inscrição: R$ 50,00
Formulário para reserva de vaga e inscrição: https://goo.gl/forms/lOClGmPo14k6ZpS52
As discussões sobre mulheres, feminismos e gênero têm ganhado muita força e amplitude nos últimos anos, principalmente no campo da Literatura. Para além da esfera da Internet, o surgimento de grupos que motivam a leitura de obras de diferentes gêneros escritas por mulheres, o fortalecimento de grupos de escrita para mulheres e do próprio movimento feminista (em suas mais variadas vertentes) traçam um caminho – ainda bem – sem volta. Já não nos deixamos passar imunes à pergunta: “dentre os livros que li esse ano, quantos foram escritos por mulheres?” Até que a descoberta e a busca por autoras tornam-se quase naturalizadas.
Com o objetivo de contribuir com esse movimento, nasceu o curso “Mulher e Literatura: Woolf, Beauvoir e tantas outras”.
Por que Woolf e Beauvoir? As duas são escritoras consagradas que nos deixaram reflexões ainda muito importantes para pensarmos o problema da construção da ideia de inferioridade da mulher. E ainda, há um “encontro” entre as duas: Beauvoir era leitora de Woolf! Mas, como apreciadoras da literatura que diversas mulheres têm produzido, e cientes da importância do diálogo, do debate, sobre essa produção, como apontamos acima, propomos estendermos nossos comentários, considerando também outras escritoras.
Além disso, um bordado poético inspirado no tema e no conteúdo das aulas será produzido por uma das professoras e fará parte da produção final de um fanzine colaborativo. Ele será criado a partir das impressões e resultados dos exercícios de escrita propostos ao longo dos encontros.
Juliana Oliva é mestra e graduada em Filosofia na Universidade São Judas Tadeu (USJT). Atualmente é doutoranda em Filosofia na EFLCH-UNIFESP, onde pesquisa a relação erótica autêntica como imagem da reciprocidade em Simone de Beauvoir, e tem trabalhado com a oficina “Deve-se queimar Beauvoir?” em espaços de cultura. Também escreve relatos poéticos em um blog chamado “a better version of me”.
Renata Cristina Pereira graduou-se em Letras pela PUC/SP em 2011 e em Filosofia pela USJT em 2017. É mestranda do curso de Filosofia na EFLCH-UNIFESP, onde pesquisa a obra de Virginia Woolf a partir do aparato teórico do filósofo francês Paul Ricoeur. É professora de Literatura na rede privada do ensino básico e educadora de Língua Portuguesa no Curso Popular Mafalda.
Rita Alves é formada em jornalismo, com especialização em Gestão da Comunicação pela ECA-USP. É fundadora da marca de bordados autorais e personalizados Dona Rits (@donarits) e idealizadora do projeto de intervenções urbanas bordadas Cabe Mais Amor (@cabemaisamor). Também bordou um dos painéis cenográficos da peça O Resto é Silêncio, exibida em dezembro de 2017 no Sesc Santo Amaro, e já bordou para o projeto Flores para os Refugiados (@floresparaosrefugiados).
evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/151986369081763/
domingo, 10 de junho de 2018
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018
sexta-feira, 5 de janeiro de 2018
víboras vozes.
Avós me livrem!
Levam vida, vôo.
Falam, falam, falam.
Não escutam.
Regulam minha palavra,
Jogam o amor que eu não quero na minha cara.
As vozes às vezes voltam.
Vínculo velho, gasto, difícil.
Por um fio
ainda ouço os gritos
que humilham com sangue e com
um pacote de valores podres
sobre a herdeira que não fui.
Sobre o cume que não vi.
Vocalizam os "bons partidos" que deixei
por aqueles (que partem) com quem dormi.
Punições por pensar.
Recompensas se dissimular.
Para o dedo em riste,
meu riso
da minha falta de juízo.
Meu ridículo passado de boneca
num vidro - atiro!
Frustrar expectativas,
reconheço, vozes,
com carinho,
quase vocação.
segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
terça-feira, 3 de outubro de 2017
nova e última chance de inscrição em "Deve-se queimar Beauvoir?" na Casa Elefante!
Se você perdeu e gostaria de se juntar a nós neste percurso, é possível iniciar a oficina a partir do segundo encontro e nos acompanhar em boa sintonia!
ou por e-mail: porquenaoqueimarbeauvoir@g
sábado, 16 de setembro de 2017
nova edição de "Deve-se queimar Beauvoir?"
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
Bordar as identidades das mulheres no encontro do grupo Poética da Construção
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
cânfora por uma semana
aflora o frio e o jogo fosco
do desaforo,
fora todo encanto, ardil e esboço,
forma novo jogo, fundo
falso,
do poço.
Do peso no pescoço.
Canta
fora
do tom, de forma.
Deforma
camada
de som e sombra.
Prescrição:
Cheirar cânfora por 1 semana.
modificar ou modos de ficar
E quando descobri que,
para eles,
o contrário do desrespeito é o sufoco,
pensei:
Não sei se grito ou se corro.
Corri.
E não morri.
Eu ri,
de alívio,
de deixar o vício em desperdício,
em dez perdas por cada sorriso
ou dez pedras por cada sumiço.
Me assumi
e me encontrei
em um, dois, três suspiros ritmados
e em olhos amigos.
domingo, 30 de julho de 2017
sexta-feira, 26 de maio de 2017
escrito entre 09-10/04/2017
cardamomo
morosidade
incômodo
amarram o meu estômago
escrito em 24/03/2017 - ruptura
com sua cara - cara ou coroa -, sorte, cabelos ou não.
quatro - de repente quatro encontros,
coro, corro, choro,
corpo - encaixe. não como.
choque!
empecilho não!
mil vezes linda, mil bons dias e noites iludidas
pela tecnologia.
casa, comida, comidas e
roupa no armário.
no meio da noite não há mais sono nem sonho - STOP!
sementes ocas
piso em falso num terreno infértil.
Onde foi que eu errei?
Onde foi que eu feri sua existência poética?
Poeira e falta de métrica.
O que foi que eu não vi?
quinta-feira, 23 de março de 2017
obsolescência programada
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
outra vez-vem a nuvem
nuvem:
novelo de velas que lambem
o breu
no meu peito
e nada deslindam
no meu cérebro,
apenas descongelam.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
narcose
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
semana passada
desiste de
trincar anda mais meus
trinta.
e um segundo,
como um segundo olhar, me salva.
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
"Deve-se queimar Beauvoir?" na Biblioteca Mário de Andrade
Oficina
Dia: 17 e 24, das 14h às 17h
Local: Sala infantil
sábado, 13 de agosto de 2016
Sexto encontro aberto do Cortázar Clube na Casa Elefante
Enquanto isso, passemos ao próximo:
Sexto encontro do Cortázar Clube na Casa Elefante
No mês do aniversário do Cortázar convidamos todas e todos a levar algumas linhas de presente, algum conto curto ou trecho de qualquer outro escrito do Cortázar ou sobre ele. Que tal?
Dia 23.08 - 19h-21h @ Casa Elefante - Rua Cesário Mota Jr., 277 - próximo à estação Santa Cecília
sexta-feira, 8 de julho de 2016
Deve-se queimar Beauvoir?
quarta-feira, 6 de julho de 2016
12.07.2016, 5° encontro aberto do Cortázar Clube na Casa Elefante
Percebemos que o frio chegou e queremos nos divertir um pouco. Isso é tudo. A leitura do mês é "Ninguém seja culpado", do livro Final do jogo. Não sinta culpa se não tiver tempo de ler o texto, vá mesmo assim ao encontro. E não esqueça o seu pulôver.
convite no Google+: https://plus.google.com/u/0/events/cb7o4ob0pepun37pv6bcfjblq8g?authkey=CL3y2Of22uStgwE
sexta-feira, 10 de junho de 2016
em sete, talvez em oito, de junho de dois mil e dezesseis, tentando dormir
logo, alívio, sorriso e lágrimas na penumbra.
terça-feira, 7 de junho de 2016
quinta-feira, 2 de junho de 2016
depois do post anterior, hoje esbarro neste trecho
quarta-feira, 1 de junho de 2016
só para constar
quinta-feira, 26 de maio de 2016
quarta-feira, 25 de maio de 2016
without thinking, without breathing, without blinking
repetition
paranoia
my brain will stop
69 is the number of crimes
inside my head
once there was pain
in bed
I beg myself to, please, do not stop
do not mess it all again
poor rhymes
poor pills
such a baby
to face the thrill
deny and lie
scream and cry
until the kiss is ill
with the bloody valentine
that licks me
blessed fingers
and holy mouth
pleasures inside the box
shaking bones
and caressing the thorns
around the wrists
to watch the pulse cease
my favourite season
is the winter, of course
but nothing like spring
when stomach and liver bloom
spiders and butterflies
by the way, you again,
butter me under your sheets
whisper me
our dirty rules
grab me at the feet
close to your ears
inside out in your arms
I feel like I disappear
No beer
Wait for wine
You put fire on my mind
I love when we are
face to between the thighs
Pardon
if my writing is too much high
It's just because I'm constantly
afraid to die.
Quarto encontro do Cortázar Clube + participação de Tiago Genoveze
https://www.facebook.com/events/1007779805956970/
https://plus.google.com/u/0/events/ci9hhmvntpjtd9ako770tm7kajo
quarta-feira, 18 de maio de 2016
you and me, we are just our hips
I choose
to twist and shout my hips on yours
and to break the glass of my memory.
a toast to my dirty grey shadow
moving deliciously slow
during the meeting of
bodies and no soul.
a great lover
has just escaped from my stomach
to lick you from head
to toe.
would you give me the pleasure of
one more night
to let everything go?
domingo, 15 de maio de 2016
Na sombra
Cansei de criar acaso,
de caso em caso,
de construir casas
em braços fracos
e pouco acolhedores.
Cansei de ver flores,
de plantar sabores
e de desenhar o aroma das cores
de amores
que desbotam o meu olhar.
Cansei de amar
a cidade cinza
onde se morre
um pouco a cada passo,
a cada esquina,
de bar em bar,
a cada estação que se deixa
e a cada rotina,
em vão.
Vão todos para o inferno!
Cidade enferma
alerta para o medo, o ódio
e o desapego.
Previsão de rajadas de vento.
Cansei de palavras de ordem,
de herói, de sorte,
do progresso corpulento.
Poema escrito para a foto de Rose Steinmetz para o Foto Sarau 3: https://www.facebook.com/fotosarau/
Chupar um limão
Ficou pensando no gole
que daria na sua pink lemonade
em seguida,
em como de um só golpe
a sua garganta
o líquido tomaria.
Ficou pensando ainda:
E se a bomba explodisse?
Pensou então na gosma retrógrada
que não apenas envolveria,
mas deformaria a sua vida,
de um só golpe.
Assim sentiu como a gola,
do casaco da última moda,
o golpeava.
Cada letra impressa na sua nuca
o sufocava.
E se a bomba,
a maldita promessa dos canalhas,
de deuses e armas,
explodisse?
Voltou a pensar na limonada,
agora no copo e no gelo,
que arrebentavam.
Poema escrito para a foto de Arluce Gurjão para o Foto Sarau 3: https://www.facebook.com/fotosarau/
domingo, 24 de abril de 2016
Terceiro encontro aberto do Cortázar Clube
domingo, 10 de abril de 2016
poema ao pernilongo
meio desperta, meio dormindo.
Sinto que existo
apenas esperando a morte chegar,
a minha ou a dele.
Imperceptível o tempo
tal qual
a sustentação quase invisível
deste que suga a vida,
não tanto pelo sangue
mas pelo sono que me tira.
Três da manhã, quem dera,
olhos cobertos, rumo a imagens incertas,
cerimônia de sossego ao corpo.
Em vez de sonho, celofane levita pernas longas.
Pequeno corpo,
listras, picadas,
sob a minha vista cansada.
Sacudo, acudo em vão
o meu sono, a cada vôo
deste intruso.
terça-feira, 22 de março de 2016
12.04.2016 - 2° encontro aberto do Cortázar Clube
segunda-feira, 21 de março de 2016
sábado, 19 de março de 2016
A primeira coisa que me impressionou e que não consegui explicar
quinta-feira, 10 de março de 2016
sete de março, na padaria San Marino na Vila Mariana
No anxiety.
No sense - nonsense - pas du sens.
Silence.
Sem sorriso (sorria sempre).
So sorry.
So long.
So special, so tired.
Je suis fatiguée.
Je suis ÇA qui n'a pas de place.
Saudade
Em certas línguas, aí complica.
Curvas longilíneas.
Alinha com a minha
Intenção. Ai, meu coração.
coleção cinco de março
o que dura
de tão leve -
pena.
finalmente, eu
entre os seus dentes
e agora essa saudade
que lambe.
Quantas linhas se embaraçam e se entrelaçam nessa boca que escapa do meu desenho? Com quantos riscos se faz um beijo?
seus dentes trincam na minha
SOLIDÃO
corpo não tem coragem
de pisar neste lugar nem
de se colocar de acordo com a
cor e o sabor que pode proporcionar.
Não sei por que escrevo tudo isso,
porque não tenho lugar.
venta no meu corpo inteiro
o teu silêncio.
parte o meu tempo essa sua partida
sem sentido.
meu coração sem pé nem cabeça quer
seu corpo outra vez.
o amor está nas mordidas e nas partidas.
Respirar entre os beijos inventa solidão.
Inventar beijos é respirar solidão.
Beijar solidão requer inventar muita respiração.
Respirar só beijos é morrer de solidão.
domingo, 28 de fevereiro de 2016
Hoje não é dois mil e seis
Desfile
na terra ou no asfalto,
no boletim de ocorrência
ou na concorrência entre espelhos.
Na vinda vermelha, no vestido vermelho.
No vermelho do beijo e da
bofetada!
Abre aspas:
Delineou com tantas cores, Anaïs Nin em
"Uma espiã na casa do amor".
Escurece o vestido.
Sapatos esquecidos.
Espaços são tecidos,
estampados,
tem um viés novo.
Salve a escrita como troca de vestido,
de mundo.
Desvia o rumo, o rosto.
Acorda.
A cor do coração devém roxo.
sábado, 27 de fevereiro de 2016
sábado, 20 de fevereiro de 2016
Encontro aberto #1 do Cortázar Clube
Encontro aberto #1 do Cortázar Clube, dia 15 de março, das 18:30h às 21:00h na Casa Elefante
Leitura surpresa!
Desvie o percurso do trabalho até a sua casa, suba as escadas da Casa Elefante com o pé e o pé e venha ouvir e/ou nos ajudar a ler um ou dois contos de Julio Cortázar. Após a leitura haverá uma conversa na qual poderemos analisar ou maldizer o texto, chorar com instruções ou até mesmo vomitar coelhinhos.
Logo mais haverá um convite no facebook.
Casa Elefante Rua Cesário Mota Junior, 277 - próximo à estação Santa Cecília do metrô (saída para o Largo da Santa Cecília, Rua Dona Veridiana, à esquerda na Rua Jaguaribe até a Cesário Mota Junior)
http://cortazarclube.blogspot.com.br/
texto escrito no curso "Escrever, desenhar e bordar o erótico" no Sesc Belenzinho em 19.02.2016 durante a atividade em que escrevemos tudo o que vem à mente após uma colega ler em nosso ouvido um trecho de um conto de Hilda Hilst
sábado, 6 de fevereiro de 2016
Hoje não é dois mil e seis (esboço 2 - 05.02.2016 - poema escrito para o 2° Foto sarau - 28.02.2016*)
Dois dias a cada dez anos,
ou são dois dias, dez anos?
Nossas bocas trincando.
Eu aos vinte, tu aos trinta.
Eu aos trinta, tu aos quarenta.
Os mesmos ou sombras
Daqueles dois de dois mil e seis.
Quando seus dentes, meus lábios, no inverno, pela primeira vez.
Vestígios frios e etéreos
Teu silêncio quase eterno me visita.
Te enterrei. Me enterrei.
Hoje não é dois mil e seis.
Dois mil e dezesseis
Acaso pensado, encontro marcado.
Olhos devoram, abraços deslocam, dois segundos.
Descascam o tempo útil os dentes.
De repente, uma década ausente.
Não era dois mil e seis nem dois mil e dezesseis.
Verão, tua volta e a minha melhor versão.
Tu? Vestido, quero não.
Nas pontas dos teus dedos, meus fantasmas.
Teus dentes desenham no meio seio
A delícia e a dor do desapego,
Que não aprenderei desta vez.
A durar, meu mundo sob teu olhar
E teu corpo a me nortear.
Nem o tempo matemático nem meus versos desnorteados podem contar.
Tu, despido aos meus trinta, ou enquanto eu viva, outra vez, não sei.
Tu, desaparecido pela segunda vez.
Sedenta e tensa de saudade, sinto, sento e não espero.
Te desejo, no meu corpo prego desespero.
Na sombra do teu silêncio,
Não sei se te escrevo ou se me penteio,
Se esmurro o teu tempo ou o meu espelho.
Se esvaece no meu seio a duração do nosso desejo.
Hoje é só dois mil e dezesseis a se desenrolar no tempo.
*Postarei a versão final após o dia 28.02.