terça-feira, 20 de agosto de 2013

vermelho sangue, cor feminina?

É com a chegada do sangue que vem esta secura de carinho. É em seu fluxo, no corpo, que segue o absurdo da falta, da saudade, construídas em metade da humanidade. Uma vez por mês a saudade é sanguinolenta, o suor é frio e a saliva, seca. É o semáforo com o sinal vermelho que se instala dizendo "mantenha distância" e nela instaura uma cegueira que se dirige para cima do sinal, para além do sinal, em busca do que pode sumir a qualquer momento. Cega e surda sangra insegura, pretende segurar quem ela nem sabe se planeja fuga. Quer segurá-lo na imanência? Torna-se rabugenta e é assim que afugenta, e depois se afoga em lágrimas, em todas as lágrimas, por causa da cebola que corta, do sangue que corre e de quem NEM foge. Lágrimas de sangue ilusórias e um sentimento fantástico de falta; nestes dias, é o cérebro que sangra, e o corpo que reflete? Pede reforço de chocolates, remédios e cobertores, de tudo que a impeça de "fazer a mulherzinha"... Tudo isso por que um dia se tornou mocinha... ?

Nenhum comentário:

Postar um comentário