sábado, 5 de julho de 2014

sonho

manhã de cinco de julho de dois mil e quatorze


Sonhei que me sentava ao seu lado, que de repente não vestíamos nada da cintura para cima e que você me abraçava, enquanto isso, uma criança nos olhava. Não havia contexto sexual no ato, mas havia na mente de quem eu era no sonho ou, há na minha mente, que foi quem sonhou. A criança que nos olhava parecia me inibir, talvez fosse um dos seus futuros filhos, dos quais eu espero não ser madrinha pois não lido tão bem com crianças e penso que isso não vai mudar tão cedo, nem tão facilmente. Acordei assustada, voltando a pensar em como pode ser bom calçar um sapato de número menor ao invés de calçar aquele tamanho 30 e pouco cinza platinado que tanto procurei, mas agora é tarde. Voltei a pensar em como este blog é uma ilusão de que sou anônima, já que quem me lê conhece muito bem todas as minhas palavras e para manter outrem também anônimo em um post como este é preciso velar muitas palavras, também para calar a minha velha vontade de dizer tudo diretamente e honestamente sobre os meus desejos, pequenas paixões e intenções românticas, que quando realizada, já criou situações sem saída, de pena, embaraçosas e até mesmo imaginárias. Prometo a mim mesma todos os dias não me declarar sem que nada tenha sido construído, não declarar a vontade de um beijo, um "eu gosto um pouco mais de você", nem qualquer outra atração, para não impedir que tudo isso seja construído além de mim, de uma forma ou de outra, como alguma verdade. Por isso, não conto com quem sonhei, nem me declaro a quem estava no sonho.

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