Da mãe segue os passos
na terra ou no asfalto,
no boletim de ocorrência
ou na concorrência entre espelhos.
Na vinda vermelha, no vestido vermelho.
No vermelho do beijo e da
bofetada!
Abre aspas:
na terra ou no asfalto,
no boletim de ocorrência
ou na concorrência entre espelhos.
Na vinda vermelha, no vestido vermelho.
No vermelho do beijo e da
bofetada!
Abre aspas:
"Vestida de vermelho e prata, ela evocava os sons e a imagem dos carros de bombeiros ao irromperem pelas ruas de Nova Iorque, alarmando o coração com o gongo violento da catástrofe; toda vestida de vermelho e prata, o vermelho e prata dilacerantes, a abrir caminho através da pele. A primeira vez que olhou para ela ele sentiu: 'vai-se incendiar tudo!' "*
Fecha aspas.
Delineou com tantas cores, Anaïs Nin em
"Uma espiã na casa do amor".
Escurece o vestido.
Sapatos esquecidos.
Espaços são tecidos,
estampados,
tem um viés novo.
Salve a escrita como troca de vestido,
de mundo.
Desvia o rumo, o rosto.
Acorda.
A cor do coração devém roxo.
Delineou com tantas cores, Anaïs Nin em
"Uma espiã na casa do amor".
Escurece o vestido.
Sapatos esquecidos.
Espaços são tecidos,
estampados,
tem um viés novo.
Salve a escrita como troca de vestido,
de mundo.
Desvia o rumo, o rosto.
Acorda.
A cor do coração devém roxo.
*NIN, Anaïs. ”Uma espiã na casa do amor". Lisboa, Vega, 3a. edição, p. 21.
Poema escrito para a foto 01, de Lucille Kanzawa, do 2o. Foto Sarau, realizado em 28.02.2016
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