sábado, 20 de fevereiro de 2016

texto escrito no curso "Escrever, desenhar e bordar o erótico" no Sesc Belenzinho em 19.02.2016 durante a atividade em que escrevemos tudo o que vem à mente após uma colega ler em nosso ouvido um trecho de um conto de Hilda Hilst

Não mudei uma vírgula nem fiz nada para que o texto ficasse melhor. Esta foi a corrida entre a minha mente e a caneta no papel:
[Re]significar o que se repete, retomar. Amor? Sexo? Quem? Quando? Onde? Onde começa e onde termina esse frio e esse calor que eu sinto, que  me domina, me limita, me tira do lugar, que faz com que eu não exista. É preciso um outro para dar forma a esse corpo? Como chama o que a gente criou naquela tarde? Não é amor, não é poder, não é foder, não é nada de ordem moral, é a vontade, um saco de medos e desejos, o seu sorriso, a única coisa que torna lindo o seu silêncio, os meus fantasmas dissolvidos no tempo, fora do pensamento. Corpo, ritmo, coração batendo, duração bergsoniana - por que não? -, vento no meu peito. Reinvento. Não consigo. Lindo? Amigo? Ilusão? Libido? Não sei o que sinto nem o que fazer com isso. Concentrar tudo no dito "pinto" não tem sentido. Entendam como quiser. Queiram o impossível, o indizível e eu continuo aqui entre trevas da minha formação, minha libido desviada e a minha mente criativa e desviada.

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